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Saudades do meu amor

Minha cabeça dói muito. Tento abrir os olhos, porém eles estão pesados demais para isso. Definitivamente não era para eu exagerar ontem nas bebidas. "Max…" Alguém está me chamando… meu irmão. Max, acorde. Charlie põem suas mãos em meus ombros e balança tenta despertar-me. Tento abrir os olhos o máximo que consigo. Vejo o rosto de Charlie ainda embaçado. Seus cabelos dourados estão reluzindo mais do que o convencional. O loiro olha para as garrafas de bebidas e restos de cigarros espalhados pelo quarto. Seu olhar era de desgosto. Ele se vira para mim e me diz severamente. "É bom você levantar logo. Temos muitas coisas para fazer." Charlie dava-me ordens como sempre. Eu era o irmão mais velho. Contudo, ele que dava as ordens e eu tinha até seguir elas como se eu fosse um cachorrinho, abanando o rabo para o dono? Realmente estou muito cansada e com zero vontade de levantar. Fico deitado na cama tentando dormir novamente. Ao ver o que eu estava fazendo, puxou o lençol q...

Blonde

 Olhos cinzentos  e opacos, que pareciam não refletir nem a luz do sol, cabelos loiros e suaves, aquilo era o demônio reencarnado. Ele não era uma boa pessoa, ninguém nunca é, mas ele ainda era o meu amado.  Richard me amava, é claro, da sua maneira. Mesmo que me desse sentimentos mistos eu tinha que aceitar. Mas no fundo fomos bons, namorados, amantes ou qualquer outra coisa que define aquele tipo distorcido de relação. Richard era fofo, sempre me comprava presentes ou ficava hora ouvindo sobre qualquer coisa que eu falasse para ele. Fomos amantes às escondidas, e se um dia pudéssemos mostrar o nosso amor ao mundo seríamos chamados de verdadeiros românticos.  Nós éramos felizes ,porém, o meu amado sempre queria mais, as vezes perguntava se ele realmente me amava, mas depois esses pensamentos logo se despediram com ele fazendo algo romântico, das coisas mais simples que me davam borboletas no estômago, como pegar nas mãos, ou me abraçou por longos horas, mesmo que me...

First Love

Parte 1:Yara Enquanto eu estava trabalhando recebi uma mensagem de Dan dizendo que ele não voltaria para casa hoje e não era para eu esperar ele. Eu já sabia o porquê, mas isso era algo que eu não queria pensar. Dan estava vendo a Helen, uma amiga. Eu era a sua namorada, mas ele dava mais atenção a Helen do que para mim. Em outro dia enquanto eu estava trabalhando, Dan pediu-me para deixar uma encomenda na casa de Helen. Rejeitei de primeira, eu não queria ver ela, e eu tinha pouco tempo até o prazo de entrega do meu trabalho. Porém, ele insistiu tanto e disse que me compensaria depois. A única coisa que me restou a fazer foi aceitar. Dan mandou-me o endereço da Helen e fui a sua casa. Quando cheguei lá, Helen ficou surpresa em me ver. Eu disse apenas que Dan tinha mandado uma encomenda. Helen abriu a caixa na minha frente, era um lindo colar de Jade. Fiquei admirada com a beleza do colar. Por que ele tinha enviado isso para ela? Por qual motivo ele tinha me feito trazer isso? Queria n...

Coração de ouro

Férias, é uma época muito aguardada por muitos. Onde preocupamos várias maneiras de ficar sem fazer nada e nos divertir. Tentar coisas novas seria legal, e é isso que eu e meus dois amigos vamos fazer. A ideia foi de Zayn para irmos nos aventurar mais, em um parque abandonado que tinha perto da escola em que estudávamos. Bom, passamos por lá várias vezes de manhã, mas Zayn disse que a melhor maneira seria visitar lá a noite, para ser mais arriscado segundo ele. Kai e eu só tivemos que aceitar. Não ia ser tão ruim assim, era a mesma coisa, só mudava a luminosidade. Mesmo nós sendo um pequeno grupo de três amigos somos inseparáveis. Zayn é o mais popular, carismático e o galã. Kai é animada e muito inteligente, ela tira as melhores notas do nosso grupo. Já eu sou conhecido como o garoto simpático que ajuda os outros sempre, mas eu realmente discordo de toda a fama que tenho. Mas fazer o quê? Sou o que as pessoas pensam que sou, o que realmente tem dentro de mim não importa. Por volta das...

Frio

Noites frias de julho em São Paulo. Nem mesmo as muitas camadas de roupa ou lençóis preenchem o frio que sinto por dentro. Bem, não culpo o clima gélido, aliás, se eu estivesse em outra parte do Brasil como norte ou nordeste não estaria frio agora, mas sim dentro de mim. Gosto quando o clima corresponde com o meu humor. Quando os dias são nublados eu não me sinto tão culpado por estar deprimido. Confesso, queria estar com ela, nossos corpos estariam próximos e não seria o calor do meu corpo que eu estaria sentindo e sim a chama que vem dentro de mim. No começo de julho ela disse adeus.Pearl, me largou, me traiu um pouco antes da frente fria vir. Mas sabe? Estou feliz isso ter acontecido em julho. Pearl sabia o por que eu gostava de climas frios e cinzas (que não fossem pela poluição de São Paulo), então talvez seja por isso que ela tenha escolhido me contar a verdade nessa época. Ou talvez não, porém, quero acreditar que ela pensou em mim e como eu me sentia por um momento. Bem, nós nã...

Nossos ossos

“Você tem visto Mickael recentemente por aqui?”   Pergunto para o meu amigo. Ele me olha um pouco e depois dá uma tragada ao seu baseado… Metanfetamina. “Tu sabes que eu não revelaria isso facilmente, seu irmão é… Bem, você sabe. Mas como tu eres a minha melhor amiga, vou lhe dar essa informação. Sim, eu tenho visto ele muitas vezes. Peguei algumas coisas com ele sábado passado." Ele deu outra tragada no baseado. “Quer um pouco?” Ele pergunta enquanto bota o cigarro em minha direção. “Não obrigada. Tenho que voltar. Já está escurecendo." Digo olhando para o céu, pincelado com manchas laranjas e roxas que chamam a noite. Volto para casa a pé. Já tinha escurecido quando cheguei. Abri a porta e ela está aberta. Ele está aqui, finalmente ele voltou. Entro na sala e vejo aquele corpo magro e pálida estendido no sofá. Com cabelos pretos e olhos como de um morto ele me olha de cima para baixo. Me julgando enquanto fuma algo, ainda não consigo compreender o cheiro. "Tu voltaste…...

Confissões

Caminho por aquele corredor vazio. Sempre chego antes de todo mundo. Constantemente posso escolher o lugar que eu quiser. Costumo escolher o assento que me dá uma boa vista para o palco. Mas hoje não é dia de culto. A igreja é muito decorada. Estilo renascentista tanto nas pinturas quanto na estrutura. Ali está ele. Orando perto do púlpito. Aproximo-me dele lentamente, como se tivesse algum medo de ser percebida, mas, em simultâneo, querendo. Depois de um tempo ele vira para mim. “Sophie? O que você faz aqui?” Ele pergunta surpresa por me ver nesse dia. Confesso que não faço isso frequentemente. “Vim aqui para orar.” Menti. “Ah... É claro. Você é muito bem-vinda, tu sabes, todos são.” “Sim… Sei. Podemos conversar? Já terminei as minhas orações. Seria bom conversarmos um pouco.” “É claro. Vamos para um lugar mais reservado? Quer ir ao confessionário?” Concordo. Chegando lá, o sacerdote Alexandre fecha as portas. "Tu queres confessar os seus pecados? Se arrepender deles?” "Clar...